Muitos leigos acreditam que os vinhos são armazenados, temporariamente, em barris de carvalho com o intuito de atribuir à bebida, aromas e sabores de madeira. Todavia, o real propósito dos vinhos estagiarem em barris de carvalho é realizar uma manobra chamada micro-oxigenação, que tem por objetivo arredondar os aromas e os sabores do vinho.

Durante a micro-oxigenação, nos barris de carvalho, ocorre a evaporação de parte do álcool e a eliminação de gases indesejáveis gerados na fermentação tulmutuosa. Acontece ainda, uma  segunda fermentação, chamada fermentação maloláctica, na qual o ácido málico é transformado em ácido láctico. Devido ao ácido láctico alguns vinhos apresentam aromas de queijo e iogurte.

O carvalho empregado na fabricação de barricas é uma madeira de lei, que possui boa resistência a elementos líquidos e porosidade suficiente à eliminação de vapores, o que o torna adequado ao propósito do armazenamento de vinhos e outras bebidas alcoólicas como o whisky. As vinícolas utilizam basicamente 2 tipos de barricas. As fabricadas com carvalho francês, mais rígido e com poros menores, que destina-se ao armazenamento de vinhos por um maior espaço de tempo. E as fabricadas com carvalho americano, mais macio e com poros maiores, destinadas ao armazenamento de vinhos por espaços de tempo mais breves.

O tempo de armazenamento dos vinhos em barricas de carvalho é uma prerrogativa dos enólogos, entretanto, para cada vinho deve ser observado um tempo máximo de estágio em madeira. O tempo padrão para os vinhos brancos é de 6 meses, alguns vinhos bancos especiais podem estagiar por até 1 ano em barris de carvalho. Os vinhos rosados, de maneira geral, possuem um tempo estipulado para estágio em barris de carvalho de 6 meses a 1 ano. Já os tintos possuem o padrão de estágio de até 5 anos, sendo que os tintos especiais podem atingir até 8 anos em barris de carvalho.