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O Saber dos Sabores
Vevé Bragança
Curso de vinhos | Ver todos

O vinho o seu tempo de vida – Vinhos jovens

O vinho, como toda bebida fermentada, ao longo do tempo sofre alterações nas suas propriedades organolépticas (aroma, cor e sabor). Às vezes para melhor, às vezes para pior. Uma certeza há, as bebidas fermentadas têm prazo de validade para serem consumidas, até iniciarem o processo natural de deterioração.

Quem já teve a curiosidade de ler no contra-rótulo de uma garrafa de vinho sobre a sua data de validade, encontrará a seguinte informação:

Prazo de validade indeterminado desde que armazenado de maneira adequada.

Embora saibamos que todo vinho um dia irá se deteriorar, tornando-se vinagre, a grande questão é saber ou tentar inferir a partir de quando isso começará a acontecer.

A conhecida máxima, “quanto mais velho, melhor o vinho”, nem sempre é verdadeira. Alguns vinhos são elaborados com o propósito de serem consumidos ainda jovens, como os Vinhos Verdes, a maioria dos vinhos brancos e rosados e alguns tintos. Isso se deve às características intrínsecas das cepas, tipos de uvas, empregadas na elaboração dos vinhos, e também ao desejo e habilidade do enólogo.

Não é raro encontrarmos no mercado, promoções de vinhos que já não estão mais adequados ao consumo. Então, uma maneira de se evitar comprar vinhos impróprios ao consumo é relacionar a cor do vinho com a safra e a data da compra.

De modo geral, os vinhos brancos e rosados devem ser consumidos em até 2 anos após a safra indicada nos seus rótulos. Já os tintos elaborados com a cepa Gamay devem ser bebidos no mesmo ano da vindima, como o Boujoulais Nouveau, que é o mais famoso vinho tinto jovem francês. Tal característica garante à região produtora o título de recordista mundial em operação logística de expedição. Há ainda, o Boujoulais Villages, que deve ser consumido entre 1 e 2 anos após a safra indicada no rótulo. A safra ou vindima, revela ao consumidor a data da colheita das uvas com as quais os vinhos são elaborados.

Para consumidores leigos, que desconhecem as características dos vinhos e as cepas com os quais são elaborados, uma importante orientação, para a compra tanto de brancos e rosados, quanto de tintos, é passar o polegar sobre a boca da garrafa e tentar identificar se há alguma protuberância formada pela rolha, como se esta estivesse projetando-se para fora do gargalo, empurrando a cápsula. Uma protuberância, mesmo que leve, revela que na garrafa há presença de Dióxido de Carbono, que é um sintoma indesejável. Logo, a aquisição deve ser evitada.